Eu durmo de dia
Virado de cabeça para baixo, no sono
Perdido na minha ideia, do que o mundo seria
E meus cadernos, só eles, de secrecia
E minhas canetas, meu trono
Vôo já de madrugada
Os dias não me dizem nada
E vejo a sociedade sangrar
Como um poeta que não sabe rimar
O que escrevo, imortal
Neste mundo de surrralidade irreal
As opiniões dividem-se... Será?
Como eu, tal como com todos, ninguém há
Fotografo espectros e sombra
E na madrugada sou poeta
Louco, asceta
No sono e no surreal incerto sonho
O disco a girar o ponho
E a girar ele vai
Enquanto o pano cai
O gato, no qual me revejo
Por sangue, sedento, partilhando o meu ensejo
E a porta que por mais que me escondas
Todas as noites a transponho
O gira discos, a girar, lá vai
E então a cortina cai!...
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