quinta-feira, 9 de novembro de 2023

As mortes da vida insinuosa

Há perdido nas brumas,

O silêncio pelo qual esperas,
Que só vem quando fumas,
e que me lembra quem tu eras,

Ha no fumo do silêncio, calado,

Um ser ainda perdido, hipnotizado,

Um ser mesmerizado,

e talvez bebâdo, e um pouco apaixonado,

 

Ha na musica que se sente e vê

alguém que ao a ver não crê

Alguém que sem amor nem simpatia,

Não abre mão de sua magia,

 

 

E agora, eu fumo, faço...

do meu cansaço...

remédio para as dores que passo,

e para os meus olhos, cansados, um laço

 

E nas noites frias e chuvosas,

Há perdido entre luzes nebulosas,

Um ser que vagueia nos passeios, gritando filosofias raivosas,

Um ser que, estranho, escreve sem poesias, nem prosas,

as dores da alma, as dores da emoção,

e leva na manga o seu coração,

entre linhas paralelas, mas tortuosas,

a vida, a morte, as vidas que ele leva, e as mortes sinuosas, 

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