Há perdido nas brumas,
O silêncio pelo qual esperas,
Que só vem quando fumas,
e que me lembra quem tu eras,
Ha no fumo do silêncio, calado,
Um ser ainda perdido, hipnotizado,
Um ser mesmerizado,
e talvez bebâdo, e um pouco apaixonado,
Ha na musica que se sente e vê
alguém que ao a ver não crê
Alguém que sem amor nem simpatia,
Não abre mão de sua magia,
E agora, eu fumo, faço...
do meu cansaço...
remédio para as dores que passo,
e para os meus olhos, cansados, um laço
E nas noites frias e chuvosas,
Há perdido entre luzes nebulosas,
Um ser que vagueia nos passeios, gritando filosofias raivosas,
Um ser que, estranho, escreve sem poesias, nem prosas,
as dores da alma, as dores da emoção,
e leva na manga o seu coração,
entre linhas paralelas, mas tortuosas,
a vida, a morte, as vidas que ele leva, e as mortes sinuosas,
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