E dói-me em espaços
O quão sozinho me encontro no meio de tantos
E quão são escassos
E vejo nos cantos
Sombras de pessoas e gatos
E as corujas do mato
mas, perdido, e sem tato
Reencontro-me vagueando em recantos
Em prantos
Acolhido em luz de velas
O meu coração só conhece celas
Deambulo pelos crepúsculos
E vejo-me alheio
Encosto ao peito
Que a morte aceito
Que na verdade a morte fala a meu desrespeito
E não me leva para lá do Estige
Mas sim, a lembrar a tua esfinge
Na vida me procuro
Nas sombras brilho
Perco-me suspenso no atilho
E na noite me curo
Por desculpas que não se tecem
Por encontros que não acontecem
Por vidas que outros não conhecem
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