Doem-me os cornos
E eu que nem sabia que era corno
Dói-me a vida, a alma, o corpo,
Depois de morrer oxalá fosse morto
Então absorto
Encontro-me morto
E vejo que sou nada
E ousada
Que eras
Roubando-me sonhos acordados
E eu que esquecia-os, roubado
Do que se tinha passado
e eu que esqueço os passados
Desejo morrer e ficar no solo plantado
E hoje esqueço
Amanhã sonho
Depois morro
Com um sorriso medonho
Para que tu não esqueças
Nao me reconheças
Para que eu durma
Às mais estranhas horas
Num mundo sem agoras,
Só depois(es), mas todos sabem
Eu bem sei
Que tu sabes, o que eu não lembro
E que nao sei, não me lembro
Mas tudo está no passado
Num agora despedaçado
Num presente inacabado
Num dia, em semanas, num bom bocado
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