sábado, 21 de março de 2015

O divino dividido e a arte não sentida

Há neste mundo uma estranha sublevação
Aspídes preparam suas cuspídes e atacam
Há neste mundo uma estranha crença na população
As vidas caem no ópio e não se levantarão

Pessoas crêem em algo divino
Mas seu deus é um mentiroso suíno
Há neste mundo um deus em cada céu 
Pessoas não o olham do topo do seu chapéu

Há neste mundo uma estranha mudez
As pessoas perdem o espírito e a mesmeza
Não falam das disfémicas verdades
Perdem-se em ilusões de realidades

Cada falsa realidade é um dogma
A sua veracidade eles rogam

Há em cada música um mudo falando
Escuta-o o surdo não lembrando 
Que seus destinos são criados por si

Bruxeleiam perante mim notas absurdas
Notas que fazem de si mesmas surdas
Não são escutadas nem sentidas
A arte perdeu o sentido de si

As pessoas falam mas não sentem os sons
As pessoas pintam mas não escutam os tons




Sem comentários:

Enviar um comentário