Há neste mundo uma estranha sublevação
Aspídes preparam suas cuspídes e atacam
Há neste mundo uma estranha crença na população
As vidas caem no ópio e não se levantarão
Pessoas crêem em algo divino
Mas seu deus é um mentiroso suíno
Há neste mundo um deus em cada céu
Pessoas não o olham do topo do seu chapéu
Há neste mundo uma estranha mudez
As pessoas perdem o espírito e a mesmeza
Não falam das disfémicas verdades
Perdem-se em ilusões de realidades
Cada falsa realidade é um dogma
A sua veracidade eles rogam
Há em cada música um mudo falando
Escuta-o o surdo não lembrando
Que seus destinos são criados por si
Bruxeleiam perante mim notas absurdas
Notas que fazem de si mesmas surdas
Não são escutadas nem sentidas
A arte perdeu o sentido de si
As pessoas falam mas não sentem os sons
As pessoas pintam mas não escutam os tons
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