Antigamente,
Quando nos aeroportos ainda havia pássaros, e as cidades cheiravam sempre mal:
Sentei-me,
Do meu pacote de bolachas eu tirei, meus bolsos pesados, tantas coisas da viagem, reparei que tinha perdido algumas coisas, pelo que fiquei chateado. Ao pegar no pacote de bolachas alguém se sentou a meu lado; uma mulher, a sua beleza era aquém muitas outras, deixava, simplesmente para trás.
A mulher olhava-me de forma cada vez mais suspeita e aparentemente paranoica...
Perto de acabar o pacote de bolachas, ela olha-me com uns olhos que, se pudessem, tinham, ali naquele momento, me mandado para algum sítio feio. Quase que se ouvia gritantemente : VAI PRO CARALHO! Note-se, isto na Hungria. Ofereci-lhe a ultima bolacha. Ela diz que não.
Ao sair, à distância, olho para trás, e ela tem um pacote igual ao meu, ou não sei onde ela o arranjou...
Penso que ela, tivesse se sentido roubada ali e aqui, mesmo naquele momento, olha-me nos olhos, e me pede desculpa.
Sem comentários:
Enviar um comentário