domingo, 22 de setembro de 2024

Lua, faz-me companhia

 

Oh, Lua, que estás tão grande acima do horizonte.

Que de tão grande, ou és feita de pensamento,

Ou de cimento.
Oh Lua, que estás, até madrugada que virá, a monte.

Oh Lua, tão artificial.

Feita de cimento e de metal.

Ou de pensamento filosofal.

Que cobres no céu teu lugar e de todas nossas loucuras.

Que estás por nos coberta de superstições,

Que na verdade, fazes parte de todas as imaginações,

Que afetas, de facto, nossas volições,
Que , no horizonte, ou no apogeu, ou no zénite,

Eu te vejo, Lua, em cada efeméride.

E só te vejo, porque vós, Lua, permite,

E, Lua, Vinde,
Vinde a nós, Lua, nos mortais, e vós Lua tão imortal.

Que se fosse possível, serias tu também feita de cimento e metal,
Só para ajudar os negócios do nu macaco, ainda irracional.

Que troca tudo que tem, por algo que jamais terá, de forma insciente.
E tu, Lua, omnisapiente,

Que nos olhas, do topo do céu, com tua cara tão leve, feita de leveza,
Permite-me ver, debaixo de tua luz, no mundo a real beleza.

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