Pois a pitonisa se enganou
Talvez, tivesse estragado, o vinho
Ou tivesse ergot,
Mas, eu sozinho,
talvez adivinho,
Penso, ergo?
Ergo? O que sou?
Serei também aquele que se enganou?
Bom, aquele vinho, cheio de ergot,
Viajando, sem me mexer,
A viajar dentro de meu ser!
Perdido, ergo achar-me-ei
O que eu sei e o que não sei…
Sei também que pouco sei
A filosofia, é, no palco da minha mente,
Tal como a magia para o descrente;
É na verdade impossível de contornar,
É impossível, após ser visto, de descreditar.
Milagre, milagroso,
Ou purgatório e sonho penoso,
Haja na morte tal como na vida,
O que se deixa para trás como matéria perdida,
Nada levamos, nada de todo,
Morro sem saber nada,
Sei, embora isso, que sou parte de um povo,
E na justiça, que vejo pelos pobres implorada,
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