segunda-feira, 30 de junho de 2025

O ergot de Baco

Pois a pitonisa se enganou

Talvez, tivesse estragado, o vinho

Ou tivesse ergot,

Mas, eu sozinho,

talvez adivinho,

Penso, ergo?

Ergo? O que sou?

Serei também aquele que se enganou?

Bom, aquele vinho, cheio de ergot,

Viajando, sem me mexer,

A viajar dentro de meu ser!

Perdido, ergo achar-me-ei

O que eu sei e o que não sei…

Sei também que pouco sei

A filosofia, é, no palco da minha mente,

Tal como a magia para o descrente;

É na verdade impossível de contornar,

É impossível, após ser visto, de descreditar.

Milagre, milagroso,

Ou purgatório e sonho penoso,

Haja na morte tal como na vida,

O que se deixa para trás como matéria perdida,

Nada levamos, nada de todo,

Morro sem saber nada,

Sei, embora isso, que sou parte de um povo,

E na justiça, que vejo pelos pobres implorada,


Sem comentários:

Enviar um comentário