sexta-feira, 1 de março de 2024

Asas

 Penas de anjo vendem se como pães quentes

Como pães para crentes

Que, moralmente falando, não têm dentes


Vendem se a preço de ouro

Ou as de demónio a troco de casacos de couro


E asas de demónio, escuras como breu 


As minhas são de céu


De meia noite, são silenciosas negras e escuras


E os que as vêem sofrem de males sem curas


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